Moradores pedem segurança e medicos

By | 2:09 PM Leave a Comment
7/9/2012 - 14h07min  Escala Noticias

Moradores do Adão Kaminski pedem segurança, remédios, médico

Moradores do Adão Kaminski pedem segurança, remédios, médico

O Núcleo Habitacional Adão Kaminski, ao lado esquerdo do Alto da Rua XV de Novembro sentido quem sobe, bem perto do Quartel da Polícia Militar em Guarapuava, abriga moradores que vivem com medo. Quando começa a escurecer poucas pessoas se “aventuram” a sair de casa, só se for caso de extrema urgência. A violência que tem como causa a briga por pontos do tráfico de droga entre gangues do Adão Kaminski, da Crakolândia e da Vila São Luiz já causou mortes de pessoas inocentes e embora, em menor proporção, ainda continua amedrontando as famílias. A “lei do silêncio” também impera no local. “Aqui não sabe de nada, ninguém vê ouve, nem fala e nem vê”, diz Lindacir Correa do Vale, que mora no loteamento há mais de 10 anos.
“Toda essa piazada aí está no mundo das drogas e não são fracos”, diz a mulher apontando para um grupo de meninos cuja idade não ultrapassa a 13 anos.

A falta de segurança pública é um dos maiores problemas dos moradores. Não tem com quem se fale que não aponte o setor como um dos grandes gargalos do local. “Não consigo entender como que a Polícia Militar está aqui tão perto de nós e ao mesmo tempo tão longe. Há anos a gente vive com medo e ninguém faz nada. A gente sabe de traficantes, homicidas perigosos que moram aqui e a polícia não prende”, reclama outra moradora que pediu para não ser identificada. A REDE SUL DE NOTÍCIAS tentou contato com a Assessoria de Imprensa da PM, mas ninguém atendeu as ligações.

Problema igual ou superior à falta de segurança só mesmo quando o assunto é saúde. “O postinho aqui fecha antes das 5 horas da tarde, mas a gente tem que para a fila antes da 5 da manhã pra ver se consegue ficha pra chegar e ouvir que o médico não foi trabalhar”, reclama Enoilce Miranda, que reside no local há 14 anos. “Eu escolhi este bairro para morar e foi aqui que acabei de construir a minha casa, mas a nossa situação é muito difícil. Não tem remédio no posto, não tem médico e quando vem algum o atendimento é limitado. Nesta semana veio uma médica que só atendeu duas pessoas e disse que não atenderia quem estava com diarreia e outras doenças”, disse a mulher. “Quase sempre mandam a gente ir lá na Urgência Municipal e de lá mandam a gente para o posto do Morro Alto que devolvem os doentes para cá. Ficamos feito pingue-pongue e não somos atendidos. Mas agora deixe de pagar imposto pra o que acontece”, diz.
A falta de creches e de material na escola que atende o bairro é outra realidade que vem sendo enfrentada. “Só tem a creche no Núcleo João Paulo II, mas só atende crianças acima de três anos. Na creche do Morro Alto não tem vagas. E como ficam as mães que precisam trabalhar para ajudar no sustento da família?”questiona Enoilce. “Eu lembro muito bem quando o Fernando (Carli) veio aqui há 8 anos e disse que a primeira coisa que faria era construir a creche, mas até agora nada”, lembra a mãe de família.
“Onde se viu uma Escola Total não material de limpeza? As professoras estão mandando rifas de pizzas para que as mães vendam. Eu tenho rifas de 8 pizzas para vender e mandar o dinheiro para que possam comprar papel higiênico e material de limpeza. Isso é um absurdo.”, afirmou. A RSN tentou contatar a Secretaria Municipal de Educação, sem êxito.
Redação Escala Noticias
RSN
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários: