Educadores são fundamentais para a identificação de casos de abuso, afirma promotor

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22/05/2013  -20:34:25                  Escala  Noticias
                     mesa redonda abuso sexual contra crianca e adolescente
Na tarde desta quarta-feira (22), no auditório da Faculdade Guairacá, aconteceu uma mesa redonda para discutir as formas de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes. O objetivo foi orientar os profissionais da Educação para que saibam identificar e agir ao identificarem algum caso de violência. Participaram cerca de 120 pessoas, entre supervisores, orientadores, diretores e pedagogos das redes municipais e estaduais de ensino e dos Cmeis.
A mesa redonda encerrou a programação desenvolvida pela Secretaria de Assistência Social e a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente de Guarapuava para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio). Segundo a assistente social Silvia de Lourdes Haile Chagas Jurchaks, o papel do educador é essencial para identificar casos de violência. “A criança fica grande parte do dia na escola e cria um laço de confiança com seus professores. Isso facilita o diálogo e é através dele que os profissionais vão detectar se o aluno pode estar sofrendo algum tipo de violência”.
Segundo o promotor da Vara da Infância e Juventude de Guarapuava, Vitor Hugo Nicastro Honesko, muitos profissionais não sabem como agir quando detectam o problema, mas a participação dos professores e a denúncia são fundamentais. “Por ser um assunto delicado, os educadores não sabem como devem proceder. O primeiro passo é observar a criança e ouvir o que ela tem a dizer; em seguida, fazer a denúncia em algum dos órgãos competentes”. Entre os locais que recebem as denúncias estão delegacias, polícias Militar, Rodoviária e Federal, Conselho Tutelar e Vara da Infância e Juventude, além dos telefones 100 e 190.
A juíza da Vara da Infância e Juventude de Guarapuava, Rafaela Zarpelon, explica que o profissional que identificar um caso de violência e não denunciar pode ser multado. “A omissão da denúncia por parte dos profissionais que trabalham diretamente com crianças, como médicos, educadores infantis e professores do ensino fundamental, pode gerar multa de 3 a 20 salários mínimos”. Conforme Vitor Hugo Honesko, em Guarapuava, cerca de 80% dos casos de violência acontecem no ambiente familiar e as crianças têm medo de contar a alguém.
No Brasil, em 2012, foram registradas 130.029 denúncias de violência contra crianças e adolescentes, por meio do Disque 100. Durante o mês de maio, ocorreram diversas atividades para relembrar o dia 18 de maio. Houve a distribuição de materiais educativos nos postos de combustíveis, adesivagem em táxis e a caminhada de conscientização.
Da   Assessoria
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