Federais entram no 3º mês de greve

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17/7/2012 - 11:00:52

Federais entram no 3º mês de greve com recorde de adesão

Escala Noticias atualizado as 14h03min

Servidores de Guarapuava aderiram à paralisação. Federais entram no 3º mês de greve com recorde de adesão

A greve de professores das universidades e institutos federais completa dois meses hoje, terça-feira (17) com a maior adesão já registrada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Até a segunda-feira (16), 57 das 59 universidades estavam paradas, além dos 37 institutos e centros de educação tecnológica, que incluem o Colégio Pedro II. Servidores do campus de Guaraouava da UTFPR aderiram na sexta-feira (13).

De acordo com a primeira-secretária da entidade, Marina Barbosa, a categoria já esteve paralisada por mais tempo no passado, mas nunca com esse alcance. "É o maior número de adesões tanto de instituições quanto de professores", afirmou.

Os servidores das instituições deflagraram uma greve em 11 de junho, como parte do movimento nacional de paralisação dos servidores federais. Em algumas universidades, estudantes já estavam em greve, como é o caso da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ou decidiram parar as atividades em apoio aos funcionários das duas categorias. A adesão varia em cada instituição, e algumas, como as federais na Paraíba, já admitem mudanças no calendário acadêmico e a possibilidade de que o ano letivo de 2012 só termine nos primeiros meses de 2013.

Na Federal do ABC (UFABC), o calendário é dividido em três quadrimestres e, portanto, os estudantes deveriam estar em aulas neste mês. A greve de professores, porém, começou em 5 de junho e paralisou todas as aulas de graduação, apesar de alunos reclamarem que alguns professores estão pedindo listas de presença e de exercícios.

As últimas instituições a aderirem à greve foram a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no dia 10 de julho. Apenas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) não tiveram votação em assembleias favorável à paralisação (veja tabela ao final da matéria).
NEGOCIAÇÃO

O movimento teve início em 17 de maio com a adesão de 20 universidades, como forma de pressionar o governo a definir as mudanças na carreira e no salário antes do envio do Orçamento 2013 ao Congresso Nacional, em 31 de agosto.

Um mês depois, uma negociação marcada para 19 de junho com o governo federal foi adiada sem nova data. Após 57 dias de protestos e a adesão de quase 100% das instituições, os ministérios do Planejamento e da Educação se reuniram com diversas entidades sindicais na sexta-feira (13) para propor um novo plano de carreira (leia mais na tabela abaixo). Os professores realizam, até a sexta-feira (20), assembleias em suas instituições para avaliarem a proposta antes da próxima negociação, agendada para a segunda (23).
RSN
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