4/2/2013 - 21:56:12 Escala Noticias
Mesmo sem blitze, no primeiro mês de aplicação da nova regra – que permite outras provas para constatar embriaguez – detenções aumentaram 1.700% em relação ao mesmo período do ano anterior
As mudanças no rigor da lei seca resultaram num grande aumento de
prisões por embriaguez ao volante em Guarapuava. Só dentro da cidade, 18
pessoas foram presas entre o dia 1º de janeiro e a última quinta-feira,
31. A média é de mais de uma detenção a cada dois dias. A nova
resolução do Conselho Nacional de Trânsito, relacionada ao poder
atribuído à Polícia Militar, começou a valer no dia 21 de dezembro do
ano passado.
Em janeiro de 2012, apenas uma pessoa havia sido encaminhada pela
Polícia Militar à 14ª SDP (Subdivisão Policial) de Guarapuava por esse
crime. O aumento, de 1.700% em 2013, foi possibilitado pela alteração
que passou a levar em conta outras provas para constatar embriaguez ao
volante, além do teste do bafômetro.
Na comparação com o último mês de dezembro, janeiro deste ano registrou
um aumento de 200%. Com operações, a PM havia detido seis pessoas entre
o dia 1º e o dia 31 daquele mês – incluindo dez dias em que a nova
regra já estava em vigor.
De acordo o Pelotão de Trânsito do 16º
Batalhão de Polícia Militar, em 2013, não houve blitze voltada apenas à
fiscalização de embriaguez ao volante em Guarapuava.
“Essas prisões ocorreram em operações de rotina, algumas, em parceria
com a polícia rodoviária. Os detidos se envolveram em acidentes de
trânsito, ou apresentavam uma conduta incoerente com a que deve ter um
motorista”, explicou o comandante do PPTran, tenente Irwind Rudnick.
Com a nova Lei Seca (Lei 12.760/2012) ficou mais fácil constatar o
crime de alcoolemia, não sendo mais necessária a realização do teste do
“etilômetro”. Agora, valem os depoimentos do policial e de testemunhas,
imagens em vídeo, testes clínicos e qualquer prova que o agente puder se
valer para comprovar a embriaguez do motorista.
Além disso, a multa para esse tipo de infração ficou mais alta, se
aproximando ao valor de R$ 1.915. Em caso de reincidência, pode chegar a
R$ 3.830.
Antes, o policial podia constatar a embriaguez e aplicar a multa, no
valor R$ 957,70. No entanto, a infração só era considerada crime se o
motorista concordasse em realizar o teste do bafômetro o aparelho
apresentasse o resultado acima de 0,34 mg/l (miligramas de álcool por
litro de sangue).
“Muitos se recusavam a fazer o teste e preferiam pagar a multa. Ainda
hoje, muitos se negam a realizar o teste, por não terem conhecimento da
lei, mesmo sendo orientados pelos policiais”, lembrou Rudnick.
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