Vila Colibri abandonada

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11/9/2012 - 17h09min   Escala  Noticias

A 12 quilômetros do centro, moradores do Colibri se sentem abandonados

A 12 quilômetros do centro, moradores do Colibri se sentem abandonados

A “nuvem” de poeira que levanta do chão logo após a passagem de um carro toma conta da roupa que está no varal, suja as casas, afeta a saúde das pessoas e gera reclamações. “Não aguentamos mais essa vida. Vivo aqui há 15 anos e durante todo esse tempo nunca fomos atendidos, nunca merecemos a atenção das autoridades”, diz Arildo Legman Mariano.

Logo em frente um “fio” de água corta a rua, se mistura ao pó e vira lama. É o esgoto a céu aberto, outro problema crucial que atinge a vila e que também compromete a saúde das crianças que, com os pés descalços, buscam pisar na água em momentos de brincadeira. Se há falta de asfalto nas ruas e de saneamento básico a ausência de creches e de projetos no contraturno escolar deixa ainda mais vulnerável as crianças e os adolescentes que vivem no local, todos, salvo raras exceções, vítimas da vulnerabilidade social que inclui drogas e violência.

Localizada a cerca de 12 quilômetros do centro da cidade, separada pela PR 170, a Vila Colibri é apenas mais um retrato da Guarapuava que está longe dos holofotes, dos olhos da opinião pública.
“Estamos abandonados, sem direito a nada diz Maria Aparecida Uchak, moradora na vila há 18 anos. “Aqui não temos médico, nem remédio e nem enfermeira competente; não temos farmácia, nem mercado”, emenda Noeli Uchack, que mora no Colibri 2, outra vila que é separada da primeira apenas por uma linha férrea.
“Minha filha precisou de médico e teve que ir de ônibus para o centro da cidade, na Urgência, ficando lá das 8 horas da manhã até à 1 hora da madrugada. Isso não é vida, é muito sofrimento”, afirma Idalina dos Santos Araújo. “E quando chove as casas alagam”, diz.

A falta de emprego é visível quando se depara com homens e mulheres, às 16 horas, dentro de casa. “Guarapuava não oferece condições de emprego”, reclama Renilson José Horst, que é carpinteiro. “Não temos saúde, emprego, creche. Só temos pó e barro”, lamenta.
A situação econômica da maioria das famílias que vivem no Colibri é lamentável. “tem gente aqui que não ganha um salário mínimo por mês e ainda paga aluguel e tem que dar comida aos filhos”, diz Noemia de Oliveira Barboza.
“Precisamos que essa situação mude porque não aguentamos mais esse abandono. Isso tem que acabar logo”, clama Maria Lucia Oliveira.
Redação  Escala  Noticias
RSN
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