Trabalhadores de Londrina denunciam más condições em obra do fórum de Guarapuava

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31/8/2013 - 21:06:23  Escala  Noticias=
Diario de GuarapuavaHarald Essert

Eles se queixam da falta de pagamento, da situação precária dos alojamentos e da qualidade da comida



Oito pintores da cidade de Londrina que trabalhavam na obra do novo Fórum Estadual de Guarapuava deixaram a construção e voltaram para casa esta semana, devido às más condições de trabalho no local.
Eles se queixam da falta de pagamento, da situação precária dos alojamentos e da qualidade da comida. Segundo os operários, não havia mais condições de permanência na obra. “Ficar tanto tempo longe de casa, longe da família, e ainda sem receber, sem poder mandar dinheiro para eles [familiares]? Não tem como”, disse o pintor Jair Dino Ribeiro Junior.
Em razão do que ocorreu, o Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Mobiliário de Londrina e Região) vai oferecer denúncia ao Ministério Público do Trabalho, bem como abrir processo cível contra a empreiteira principal a fim de que a remuneração e todos os direitos trabalhistas sejam postos em dia, e também para obtenção de indenização por danos morais para os trabalhadores.
Segundo o sindicato, as condições de alojamento (uma casa de madeira alugada a uma quadra do novo fórum) eram bastante precárias, sendo que havia cobertores em quantidade insuficiente, não havia roupas de cama em absoluto, e as camas eram feitas de restos de compensados de madeira. Em nota à imprensa, o Sintracom afirmou ainda que nos dias em que nevou em Guarapuava ficou evidente o quanto a residência estava deteriorada, uma vez que ela não oferecia proteção do frio.
Pagamento
Segundo o sindicato, os pintores não foram contratados diretamente pela Construtora Squadro, a empreiteira principal que venceu o processo licitatório, mas por uma empresa subcontratada (Palmarin Pinturas, da cidade de Cambará), que por sua vez havia sido contratada por outra empreiteira subcontratada pela Squadro (a Hidropaint Pinturas, de Curitiba). “Essa situação de terceirização e quarteirização é irregular, embora seja algo muito comum, que se vê em muitas obras”, advertiu o assessor jurídico do sindicato, Jorge Custódio.
De acordo com o pintor Jair, a justificativa da empresa Palmarin pela falta de pagamento é que a Squadro estaria deixando de pagar as empresas subcontratadas. “Fiquei trabalhando 45 dias, e o acordo era que nós receberíamos por serviço realizado. Cada vez que terminássemos uma etapa, receberíamos o pagamento. Estão me devendo quase R$ 5 mil”, reclamou. “E quando fui cobrar, o dono da Hidropaint ainda me ameaçou, e disse que não vai pagar. Fui até fazer boletim de ocorrência antes de voltar a Londrina”.
O Diário procurou as empresas envolvidas na tarde da última sexta-feira. Na Squadro, o diretor de Engenharia, Fredy Henrique Chevalier, não foi encontrado, mas uma funcionária disse desconhecer as denúncias e afirmou que o problema da falta de pagamento não estaria ocorrendo. Já nas empreiteiras Palmarin e Hidropaint, ninguém atendeu nos telefones repassados pelo sindicato ou disponíveis na internet.
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