31/05/2013 - 20:43:12 Escala Noticias
O programa será instituído em junho. Logo de início serão notificados os proprietários de mais de 260 lotes na área central e terrenos com mais de 3 mil metros quadrados na área urbana
Os proprietários de terrenos baldios, que notadamente não
possuem intenção de usá-los que dentro de um ano não apresentarem
projeto de uso, começarão a pagar o IPTU (Foto: Janaina
Carvalho/Diário)
A Prefeitura de Guarapuava deve implantar em junho um programa para
utilização compulsória de terrenos que sejam considerados de especulação
imobiliária. Ou seja, os proprietários de terrenos baldios, que
notadamente não possuem intenção de usá-los a não ser para aguardar a
valorização, e que dentro de um ano não apresentarem projeto de uso,
começarão a pagar o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbano) Progressivo – que fica mais caro a cada ano.
Além disso, o município começa a reavaliar os valores venais dos
imóveis da cidade, para atualizar a base de cálculo do imposto. Para a
prefeitura, em razão de a base estar desatualizada – com terrenos
avaliados em preços bem abaixo do que valem atualmente –, instituir o
imposto progressivo sem fazer a atualização dos valores não teria o
efeito desejado.
O objetivo, segundo o secretário de Habitação e Urbanismo de
Guarapuava, Flavio Alexandre, é fazer com que os terrenos cumpram sua
função social, que é de serem utilizados, edificados ou loteados. “O
imóvel não deve ser usado para especulação imobiliária, porque
especulação não cria absolutamente nada; só beneficia a pessoa que está
especulando. Em contrapartida, a partir do momento em que o proprietário
começa a fazer alguma coisa com o terreno, ele está comprando na
cidade, movimentando capital e gerando um benefício à pessoa que adquire
o lote”.
De acordo com a secretaria, hoje existem vários imóveis de grandes
dimensões na zona urbana, com área superior a 300 mil metros quadrados
(há casos de até mais de 600 mil), que não são utilizados e nem estão
disponíveis no mercado. Essa situação encarece o valor dos imóveis na
cidade, atravanca o mercado imobiliário e força uma expansão
habitacional para locais cada vez mais distantes das áreas urbanas
consolidadas.
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