Após intempéries climáticas, indústria registra aumento na demanda por telhas

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16/8/2013   -20:00 :23  Escala Noticias
Diario de Guarapuava
Mariana Rudek
A procura pelo serviço depois da neve e das geadas de julho aumentou principalmente na substituição de telhas de barro pelas de cimento

Neve e geada obrigaram Marielen Fátima de Cristo a trocar todo o telhado de sua residência­ (Foto: Diário de Guarapuava)
Depois do espetáculo dos telhados brancos de neve da manhã do dia 23 de julho, muitos guarapuavanos estão tendo que trocar toda a cobertura das casas. As duas fábricas de telhas de concreto da cidade já registram aumento de 40 a 50% na procura pelo produto para a substituição total do telhado. 
O dano ocorreu principalmente em casas que possuem telhas de cerâmica. Como no dia 24 de julho, uma quarta-feira, ainda havia neve nos telhados e houve a formação de geada, o frio extremo trincou muitas telhas de barro. “Quando o sol começou a esquentar conseguíamos ouvir as telhas trincando”, contou a dona de casa Marielen Fátima de Cristo, 30, que teve de trocar o telhado inteiro. 
Para a proprietária de uma das fábricas de telha de cimento, Monalisa Iatskiv Serpa, o movimento de troca de telhados aumentou 40% nesta época do ano. Ela estima que a procura deva crescer ainda mais depois que o clima ficar chuvoso. “Muitos ainda não puderam ver que o telhado está danificado. Normalmente depois de dias consecutivos de chuva, quando a infiltração nas telhas é maior, a procura aumenta”.
O sócio-proprietário de uma franquia de reformas e reparos residenciais, Clayton Fukumothi, confirmou a expectativa da empresária. Ele ainda acrescentou que o comportamento do cliente mudou neste inverno. “Normalmente a gente recebia pedidos para trocar algumas telhas, mas aumentou consideravelmente a procura para trocar o telhado todo, optando por materiais mais resistentes”. 
A demanda foi tão grande que fez os estoques das fábricas reduzirem a zero. Os consumidores estão em fila de espera. “Sempre deixávamos 40 mil telhas em estoque, mas infelizmente nossos clientes agora estão tendo que esperar pelo menos sete dias para receber o produto. Não temos pronta entrega”, apontou o proprietário da outra fábrica guarapuavana, Daniel Ribas Rosa Frahn. Ele apontou que o movimento para a substituição de telhado cresceu 50% na fábrica.
Marielen disse que além de ter esperado quatro dias para receber a nova cobertura da casa, agora aguarda a agenda do pedreiro. A mão de obra para esse tipo de serviço está faltando. Fukumothi destacou que são necessários dois dias para trocar toda a cobertura de uma casa grande e que chega a ter 15 clientes na espera pelo serviço.
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