Corpos das vítimas de tiroteio ainda encontram-se no IML

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14/1/2013 - 11:34:12                    Escala   Noticias

Duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas no Tancredo Neves.
Os corpos de Fernando José Ferreira da Silva, 31 anos, e OsvaldoVilmar de Lima, 56 anos, ainda encontram-se no Instituto Médico legal (IML) de Guarapuava aguardando a liberação para velório e sepultamento. Ambos foram vítimas do tiroteio que aconteceu na noite de ontem, domingo (13), no Núcleo Tancredo Neves, em Guarapuava. De acordo com uma funcionária do IML, o médico legista ainda não apareceu no Instituto e familiares providenciam documentos das vítimas.
A confusão começou por volta das 20h30 de ontem, por causa de uma ocorrência de perturbação do sossego alheio. Um veículo estacionado em frente a um bar estava com o som excessivamente alto. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 50 pessoas dançavam e bebiam no estacionamento de um mercado e outras estavam dentro do bar. “Essa situação acontece todos os finai de semana e um dia ia acabar mal”, comentou uma das testemunhas.
A retirada do som do veículo, iniciativa dos policiais, e a detenção do proprietário provocou a reação dos populares. “Várias pessoas começaram a investir contra a equipe policial arremessando pedras, garrafas, também partindo com socos e chutes, com o intuito de resgatar o detido. Em seguida, os policiais ouviram alguns disparos de arma de fogo, fazendo com soltasse o detido e reagisse disparando um tiro de advertência no chão”, diz a versão da PM no boletim expedido nesta segunda-feira (14).
Segundo o BO, Durante a briga, um dos policiais caiu e perdeu o bastão que “estava em punho”; outro levou vários chutes e o terceiro policial sofreu a tentativa de ter a arma retirada da mão, “entrando em luta corporal fez com que tivesse de efetuar um disparo”.
A PM confirmou a participação de um policial à paisana. “Um policial que estava de folga passando pelo local, visualizou toda a situação parou e auxiliou a equipe prestando apoio, pois o número de agressores era excessivamente superior ao número de policiais, sendo que também precisou efetuar disparos, pois mesmo se identificando como policial, também acabou sendo vítima das agressões”, diz a polícia.

Ainda conforme a versão policial, um dos agressores atingido por tiro correu e caiu há alguns metros do local. Ainda no chão, “uma pessoa aproximou-se do seu corpo já em óbito, revirando-o e retirando um objeto que aparentava ser uma arma de fogo, onde logo em seguida embarcou em uma motocicleta e saiu em alta velocidade, realizando disparos de arma de fogo”.

Após essa confusão, conforme a PM, grande parte da multidão dispersou, possibilitando ver que três dos agressores haviam sido atingidos por tiros. Um morreu ao chegar ao Hospital São Vicente; um entrou em óbito no local; outro está internado também no Hospital São Vicente e outro sofreu ferimento por estilhaço na perna direita e foi entregue na 14ª SDP. Logo em seguida chegaram ao local da ocorrência outras equipes policiais em apoio, além do Coordenador do Policiamento da Unidade (CPU) e o Serviço Reservado. Após o controle da situação foi acionada o SIATE e o SAMU, que encaminharam os feridos para atendimento hospitalar, sendo também acionado o IML, a Criminalística e a Polícia Civil para os procedimentos no local da ocorrência. O proprietário do veículo Fiat Uno que estava com o som fugiu, mas o veículo foi encaminhado até a 14ª SDP junto com o som apreendido.
A PM instaurou inquérito para apurar responsabilidades e afastou os policiais envolvidos.


POPULARES SE REVOLTAM
A versão de testemunhas, porém, é outra. Todos reclamam da arbitrariedade policial cuja equipe começou os tiros sem se importar com as crianças que estavam no local. “Muitas eram crianças de colo que estavam junto com os pais”, disse Kelen Campos Garcia, que participou da confusão.
“Quando isso aqui virar São Paulo onde o povo está matando policiais despreparados e bandidos não adianta reclamar. Isso é um absurdo”, reclama outra jovem que viu a situação e que prefere não ser identificada.
“A polícia tem a obrigação de manter e não de provocar a desordem. Está certo que o som estava muito alto, mas as pessoas estavam aqui se divertindo e tinha muita criança junto com os pais. Mas a polícia chegou botando banca, com cassetete e arma em punho. Queriam o que? Que o povo ficasse olhando os outros apanhar e morrer?”questiona uma amiga de Kelen que estava junto.
Testemunhas e populares exaltados gritavam palavras contra os policiais e muitos lembravam de outra ocorrência também por perturbação do sossego em que um jovem foi morto por um PM à paisana.
RSN
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