Duas pessoas morrem e três ficam feridas em confronto com a PM

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14/1/2013 - 10:43;12                   Escala    Noticias

 Tiroteio aconteceu no Núcelo Tancredo Neves, em Guarapuava.



Duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas num tiroteio no Núcleo Tancredo Neves, em Guarapuava, entre populares, três policiais militares e um à paisana na noite deste domingo (13).

Testemunhas e envolvidos acusam a Polícia Militar por abuso de autoridade e dizem que policiais atiraram numa das vítimas quando esta já encontrava-se caída com um tiro na barriga. "O tiro foi para acabar de matar", acusa Kelen de Campos Garcia, 21 anos, que foi atingida por um tiro de raspão perto do ombro. "Eles (policiais) estavam atirando para matar. Só não morri porque meu irmão de puxou. Ele foi baleado no abdômen e está passando por cirurgia", disse a jovem. "Um velhinho que tinha acabado de chegar no bar e que não tinha nada com a confusão morreu inocente", afirma Kelen. "O Fernando tinha sido atingido por um tiro na barriga, estava caído e inconsceinte quando chegou um policial à paisana e deu tiro acabando de matar. Isso é covardia", afirma. "Esses policiais assassinos são todos covardes. Estão matando a população", diziam pessoas indignadas.


Tudo começou quando houve a denúncia de perturbação de sossego porque o som de um veículo estava muito alto. O carro possui as placas ASJ 4377, de Guarapuava, plotado com o nome de uma empresa. O veícuo estava estacionado em frente ao Snooker Bar TN que estava lotado. "Tinha perto de 100 pessoas", disse uma das testemunhas. O bar fica nas proximidades do campo de futebol do núcleo.

"Nossa equipe recebeu o chamado e como é de praxe retirou o aparelho de som e deteve o proprietário quando muitas pessoas vieram para arrebatar o preso. Um disparo saiu de perto do bar e outras pessoas vieram com pedras, pedaços de paus e copos atirando contra os policiais", explicou o Capitão Cristiano Cubas à REDE SUL DE NOTÍCIAS. Ele chegou bem depois do fato ter ocorrido. "Foi por volta das 21 horas que tudo começou", informou um dos policiais que chegou com a equipe de reforço.

De acordo com Cubas, um policial que estava de folga e à paisana passava pelo loval no momento da confusão e parou para ajudar os colegas. Segundo Kelen, teria sido esse policial que atirou numa das vítimas depois que esta já tinha sido atirada e encontrava-se caída.

Kelen disse também que sua irmã Andrea, 26 anos, teve o braço esquerdo quebrado por um policial, depois de ter sido agredida por um tapa no rosto. "Ninguém podia falar com os policiais que agrediam. Meu irmão (Ezequiel) entrou na briga para defender a minha irmã que tentava argumentar com os policiais pedindo que eles tivessem calma, pois crianças pequenas estavam no local. Foi quando meu irmão recebeu o tiro no abdômen", disse à REDE SUL DE NOTÍCIAS.


"Em que mundo estamos? A polícia está matando as pessoas. Num dia desses matou um rapaz ali no Parque de Lago. Eu fui pedir informações sobre meu filho e quae me bateram", diz dona Luiz de Campos Garcia, mãe de Ezequiel, de Kelen e de Andrea. A família reside na Vila Planalto, mas costuma participar de jogos no campo do Tancredo Neves. "Estamos aqui todos os domingos", confirma Kelen.

De acordo com o Capitão Cubas, a PM vai instaurar inquérito para apurara a ocorrência. "A Secretaria de Segurança Pública já foi informada e quer saber os detalhes", afirmou. Segundo o capitão, os três policiais envolvidos serão afastados até a investigação acabar. Cubas confirmou a morte de duas pessoas, outros dois feridos (um no abdômen e outro no pé) e desconhecia a moça que teve o braço quebrado e que, segundo familiares, foi atendida na Urgência 24 Horas.

Até às 23h50 deste domingo a Polícia Civil ainda não tinha nenhuma informação sobre a identidade das vítimas e das pessoas envolvidas. O dono do veículo que tinha o som, conseguiu fugir, mas deixou o carro que foi guinchado pela PM. "Cada passo chega alguém com testemunhas", disse o plantonista da Civil à RSN.


Os corpos foram removidos e levados ao Instituto Médico Legal. A reportagem da RSN foi até o Instituto, mas o local estava fechado.
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