06/06/2013 -09:06:12 Escala Noticias
Firmado apenas por decreto, desde 2010, o parque ainda não existe de fato e depende da regularização fundiária de 7 mil hectares. Contudo, segundo o Instituto Ambiental do Paraná, o parque da Serra da Esperança é o mais adiantado
Um dos biomas nativos mais bem conservados do Paraná. Nascente de
importantes rios e mananciais. Palco de alguns dos cenários mais bonitos
da região, incluindo o Salto São Francisco e os Saltos Gêmeos.
A APA (Área de Preservação Ambiental) Serra da Esperança, que se
estende até as proximidades da divisa com Santa Catarina, dispensa
apresentações para a maioria dos habitantes da região, acostumados com
suas belezas. Contudo, esse espaço de proteção está ameaçado pela
extração ilegal de madeira, pela caça e outras atividades ilegais, como a
grilagem.
Uma das iniciativas mais importantes para prevenir essa situação é a
consolidação do Parque Estadual Serra da Esperança – uma área de 7 mil
hectares, no Norte da APA – que já existe legalmente, mas que ainda
precisa ser desapropriada e regularizada.
De acordo com o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), as medições e
mapeamentos se concluíram em abril deste ano, e atualmente o processo
está em fase de levantamento dominial e documental – etapa na qual se
avalia o tamanho da área a ser desapropriada. O governo trabalha com a
perspectiva de concluir o trabalho até o final do ano.
A partir de então, serão instaladas estruturas de apoio – para
visitação e pesquisa – e haverá funcionários permanentes (como gerentes,
fiscais e guias) dentro do parque, que farão a inspeção contínua das
imediações. Para o instituto, instalar o parque é fundamental para
proteger esse espaço, que serve de refúgio para muitas espécies nativas
de animais e vegetais.
“Enquanto a APA é uma unidade de conservação de uso sustentável, ou
seja, que pressupõe a exploração econômica compatível com a área de
preservação, o parque estadual é uma unidade de proteção de tempo
integral, onde realmente não pode ser feito nenhum tipo de uso”,
explicou o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP,
Guilherme de Camargo Vasconcellos. “O único uso que é permitido na
figura de parque estadual é o turismo para fins de observação de
natureza e principalmente a pesquisa científica”.
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