Lavouras de trigo do PR sofrem grande quebra por causa do clima

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4c8c632508590c6e6096c739c9a35b9af06b413f Quem conhece Luiz Macanhão já ouviu muitas vezes o agricultor dizer que não queria saber de trigo. Foram 22 anos sem apostar na cultura até esta safra.
Os preços estavam tentadores e ele plantou 30 hectares, mas viu a lavoura ser arrasada por duas geadas. A primeira foi há 20 dias e a última na quinta-feira desta semana.
A primeira geada já tinha deixado os cachos amarelados e prejudicado a formação dos grãos.
O trigo é uma cultura de inverno, precisa de frio para se desenvolver, mas acaba sendo um problema quando chega no momento em que os cachos estão se formando, justamente a fase em que está a maioria das lavouras da região.
O agrônomo Álvaro Treméa explica que o frio em excesso acaba congelando o líquido dentro de célula, que aumenta de tamanho e acaba rompendo a parede e a membrana, causando vazamento do líquido celular, matando os tecidos, a folha e a planta como um todo.
Na quarta-feira (14), a Secretaria de Agricultura divulgou o primeiro relatório de perdas da geada que ocorreu no mês de julho. O trigo deve ter uma quebra de 33% na produção, o que significa que o Paraná vai deixar de colher 954 mil toneladas.
Em outra lavoura, o trigo até tinha escapado da primeira geada, mas desta vez foi atingido em cheio porque também está na fase de formação de grãos.
“As perdas são grandes. Com a segunda geada, a gente espera perdas maiores de, no mínimo, 20% a mais em cima da primeira geada”, explica Eder Bublitz, chefe regional da Seab.
O Rio Grande do Sul, outro grande produtor de trigo no Brasil, não teve prejuízos até agora com as geadas. As lavouras gaúchas são plantadas mais tarde e a maior parte ainda não atingiu a fase de formação dos cachos.
g1
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