14/12/2012 - 16:11:45 Escala Noticias
O
Oeste do Paraná, que há tanto luta por obras de infraestrutura e
logística, poderá, em no máximo uma década, transformar-se em uma das
principais referências em transporte rodoferroviário do Brasil.
Para que a possibilidade vire verdade basta que dois projetos
bilionários já anunciados saiam do papel.“Estamos otimistas, mas
precisamos nos unir, mostrar as virtudes da região e cobrar”, informa o
diretor de Assuntos Estratégicos da Caciopar, Khaled Nakka.
Em recente encontro
com empresários em Cascavel, o ex e o atual presidente da Ferroeste,
Maurício Theodoro e João Vicente Bresolin Araújo, deram detalhes sobre
as intenções do governo federal na expansão rodoferroviária pelo Brasil e
que tem o Paraná como ponto central no processo. Um dos investimentos é
a construção de uma nova linha férrea entre Cascavel e Porto de
Paranaguá, obra orçada em R$ 6 bilhões. No primeiro trecho, entre
Cascavel e Guarapuava, ocorreriam adequações e no segundo, de lá ao
porto, seria construído um novo traçado.
A obra corrigiria
um dos antigos gargalos do transporte no Estado, que é uma estrada de
ferro centenária que leva ao litoral e tem capacidade de locomoção de
apenas dez milhões de toneladas por ano. Os projetos serão feitos em
2013, bem como o vencimento de outras etapas burocráticas. Caso tudo
corra bem, as obras poderiam estar prontas quatro anos depois de
iniciadas e com capacidade de transporte oito vezes maior que a atual.
60 milhões de toneladas
Maurício Theodoro
acompanha as movimentações entorno do traçado da Ferrovia Norte-Sul há
um bom tempo. O trecho apenas no Paraná consumiria investimento de R$ 4
bilhões. Líderes do Estado, entre eles o deputado federal Alfredo Kaefer
(PSDB), defendem que ela passe pelo interior do Paraná, por Maringá,
Campo Mourão, Cascavel e Francisco Beltrão, antes de seguir para Santa
Catarina, e de lá ao Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Se os dois
projetos, considerados fundamentais para preparar o Sul e o Brasil para
uma nova etapa no seu processo de produção e competitividade mundial,
forem materializados, então o entroncamento rodoferroviário que será
centralizado em Cascavel terá capacidade de transporte de 60 milhões de
toneladas por ano – 20 milhões da Ferroeste e 40 milhões da Norte-Sul.
“Caso esses empreendimentos de fato ocorram, e estamos otimistas nesse
sentido, Cascavel e a região terão pela frente um intenso período de
prosperidade”, segundo Maurício Theodoro.
GN
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