Geada provoca perdas no trigo e no café produzidos em lavouras do PR

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O frio chegou com força na semana ao Sul do país, a São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em vários lugares, o campo sofreu com a geada.
O gelo cobriu as pastagens em muitas propriedades no centro-oeste de São Paulo. O mesmo problema atingiu as fazendas do sul de Mato Grosso do Sul. Os pecuaristas terão mais gastos com a alimentação do rebanho.
O trigo foi uma das lavouras mais atingidas no oeste e no sul do Paraná. Até o solo ficou congelado. No estado, 52% das lavouras de trigo encontram-se nas fases de floração e formação dos cachos, período que a planta está mais suscetível à geada. “A gente não tem ainda como dizer exatamente quantos por cento de quebra. Nas lavouras em fase de florescimento, a planta realmente não consegue se recuperar mais. A perda é de praticamente 100%”, diz o agrônomo Maurício Mattozo.
As perdas no trigo serão grandes na propriedade em Guarapuava. “Nós plantamos o talhão em abril para fazer um teste, sabendo que iríamos correr um risco por conta de geada. E foi o que ocorreu”, diz o agricultor Márcio Duch.
O café também foi muito prejudicado. Ocorreram três tipos de geada durante a semana no norte e noroeste do Paraná. “A geada de vento, a geada branca e a geada negra, que queima se formação de gelo. É a pior que tem”, diz o agrônomo Roberval Rodrigues.
Segundo a Secretaria de Agricultura do Paraná, o café foi a cultura mais atingida pela geada deste ano. Um total de 80% da área ocupada com o grão no estado sofreu com o problema. A queda deve ser sentida na próxima safra.
O cafeicultor José Rosseto diz que a renda da família ficou comprometida. “Na área atingida, a produção para 2014 é zero. Em 2015, vai ter uma produção. De hoje a 2015 são dois anos sem o produtor ter nenhuma renda”, diz.
A safrinha de milho do Paraná também pode ter sido prejudicada porque 25% das lavouras ainda estão em uma fase sensível à geada. A Secretaria de Agricultura promete divulgar até 15 de agosto a primeira estimativa das perdas.

G1

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