Atleta de 14 anos que morreu com suspeita de H1N1 é enterrada no PR

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04/08/2013 -21:23:15          Escala  Noticias

A adolescente foi sepultada em distrito da cidade de Castro.
Jogadora participava de torneio de basquete em Toledo, na região oeste.

Silvia Cordeiro  G1 PR, em Ponta Grossa
Enterro de atleta morta com suspeita de H1N1 foi no distrito de Socavão, nos Campos Gerais do Paraná (Foto: Flávio Bernardes/RPC TV)Enterro de atleta morta com suspeita de H1N1 foi no distrito de Socavão, nos Campos Gerais do Paraná (Foto: Flávio Bernardes/RPC TV)
A atleta de 14 anos que morreu com suspeita de gripe H1N1 na noite de sábado (3), segundo informações da Federação Paranaense de Basquetebol, foi enterrada na tarde deste domingo (4) em Castro, na região dos Campos Gerais do Paraná. Flávia Vitória de Castro participava do Campeonato Paranaense de Basquetebol, realizado em Toledo, na região oeste do estado. Familiares, amigos e companheiras do time acompanharam o cortejo, no distrito de Socavão.
O torneio começou na quarta-feira (31) e foi suspenso depois da morte da adolescente. O técnico Renato Cordeiro contou que a menina chegou a jogar a primeira partida. “Ela já estava com um pouco de gripe. Nos demais jogos, preferi poupá-la porque ela estava se sentindo mal. Na sexta-feira (2), Flavia reclamou de dores nas costas e precisei levá-la para o hospital, onde chegou com o pulmão e o rim comprometidos”, disse.
Flavia Vitória de Castro, de 14 anos, participava do Campeonato Paranaense de Basquetebol (Foto: Divulgação/Caramuru)Flavia Vitória de Castro, de 14 anos, participava do
Campeonato Paranaense de Basquetebol
(Foto: Divulgação/Caramuru)
O pai de Flavia, Neri Anacleto, contou ao G1 que a filha mandou mensagens pelo celular dizendo que estava se sentindo mal. Ao receber a ligação do técnico sobre a saúde da adolescente, Anacleto foi até Toledo, que fica a quase 480 km de Castro. Ele chegou à cidade na madrugada de sábado para acompanhar a filha. “Ela me pedia para cantar uma música que eu cantava quando ela era pequena. Eu dizia que ela era meu tesouro. Eu estava lá, sabendo que não podia fazer nada”, contou emocionado.
Segundo Anacleto, o quadro se agravou rapidamente e a atleta precisou ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Bom Jesus. “Foi tudo muito rápido. Em questão de cinco ou seis horas, o caso foi evoluindo até ela ter uma infecção generalizada e falecer”, afirma. Flavia morreu por volta das 18h de sábado, com suspeita de gripe H1N1, de acordo com o pai.
A Federação Paranaense de Basquete informou que equipes de saúde do município foram mobilizadas para atender sete atletas que apresentaram sintomas de gripe ou inflamação na garganta. O material colhido das jogadoras e da Flávia foi encaminhado para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), em Curitiba.
Atleta passou mal em outro campeonato
De acordo com o pai da jogadora, Flavia passou mal em outro campeonato disputado em Toledo no mês de julho. “Na outra viagem, ela foi para jogar handebol, mas teve uma convulsão e precisou ficar internada”, conta. Anacleto contou que ficou preocupado em permitir que  a filha viajasse novamente para participar  de mais um torneio, o Campeonato Estadual de Basquetebol.

“Ela já estava com uma pequena gripe. Disse pra ela ficar, mas ela me pedia para viajar porque estava feliz com o time. A paixão dela era o basquete”, lembrou. Anacleto relatou que autorizou a viagem porque o esporte a deixava contente. “Fui deixar minha filha jogar no que ela se dedicava e estou trazendo de volta em um caixão”.
Time de basquete
O técnico do time contou que Flavia jogava com a camisa número seis pelo Caramuru Basquete de Castro desde 2010. “Era uma atleta dedicada, forte fisicamente pela idade e bastante completa. Era muito carinhosa, brincalhona, gostava de cantar. Ela animava o grupo”.
O professor reuniu todas as meninas do time para anunciar a morte da colega. “Eu falei que preciso da força delas. Preciso que elas me ajudem nesse momento. Elas estão mantendo a calma”, afirma. As atletas chegaram a Castro na manhã deste domingo. Vinte e três garotas tinham viajado para participar do torneio.
Flavia, camisa número seis, foi campeã com o time Caramuru Basquete na Taça Paraná Sub-15, em abril (Foto: Divulgação/Caramuru)Flavia, camisa número seis, foi campeã com o time Caramuru Basquete na Taça Paraná Sub-15, em abril (Foto: Divulgação/Caramuru)
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